Meu Filho Tem TDAH: Como Estamos Aprendendo a Lidar com Emoções Explosivas e Conquistar o Equilíbrio
O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) vai muito além de “uma criança agitada”.
Ele envolve impulsividade, emoções intensas e desafios de convívio, afetando o dia a dia da criança e de toda a família.
No nosso caso, essa história começou cedo. (Eu sou cheia de histórias reais, parece que tudo acontece comigo hahaha.)
Mas venho me saindo bem, resolvendo e passando as dicas para você leitor(a).
A estória
Desde 3 anos de idade, percebemos que nosso filho era diferente. Ele mal conseguia ficar parado, era inquieto e tinha uma energia que parecia inesgotável.
Professores do berçário sugeriram que buscássemos ajuda médica, mas achamos exagero: “ele é criança, isso é normal”.
Mas havia sinais que não podíamos ignorar. Ele sempre teve uma intensidade emocional fora do comum:
Alegria explosiva, que parecia transbordar;
Raiva avassaladora, que surgia de repente;
Cada frustração ou conquista era vivida no extremo, sem meio-termo.
A vida em casa e na escola: emoções à flor da pele
Enquanto ele crescia, tentávamos aplicar técnicas de comportamento e disciplina positiva.
Eu assistia a vídeos, lia artigos e seguia orientações da psicóloga, que acompanha meu filho desde os 5 anos.
Mesmo assim, com 7 anos, as coisas começaram a se intensificar:
Brigas frequentes com amigos e familiares;
Reatividade extrema, mesmo quando cumpria combinados;
Recados quase semanais na agenda escolar.
O convívio social estava cada vez mais difícil, e percebemos que precisávamos de ajuda especializada.
Buscando respostas: diagnóstico de TDAH
Levamos nosso filho para uma neuropsicóloga, e foi um processo longo.
Apesar das dificuldades, ele é inteligente, curioso e interessado, o que dificultava um diagnóstico simples.
Após avaliações detalhadas, um psiquiatra infantil confirmou: TDAH do tipo combinado, moderado.
O diagnóstico trouxe alívio e compreensão. Finalmente entendíamos por que cada emoção parecia amplificada e como poder ajudá-lo de forma prática e amorosa.
O tratamento e a rotina que faz a diferença
Hoje, nosso filho participa de um tratamento completo e multidisciplinar:
Medicação para ajudar a regular atenção e impulsividade;
Fonoaudiologia, para lidar com alterações no processamento cognitivo;
Psicoterapia, para aprender a lidar com emoções intensas e melhorar o convívio social.
Em casa, seguimos aplicando estratégias de manejo comportamental, aprendendo juntos a transformar explosões emocionais em oportunidades de aprendizado.
Mesmo com medicação, ele mantém sua essência intensa, mas agora conseguimos gerenciar melhor os conflitos, e ele consegue aproveitar momentos de alegria sem que se tornem excessivos.
Ele tem 8 anos agora, e é baixinho! Ou melhor, era!
No início do ano de 2025 procurei por um tratamento para ele crescer, pois ele era o aluno mais baixo da sala, e um dos mais baixos da escola.
Mais um caso de sucesso! Fui atrás, passei por vários médicos e quando descobri que o tratamento era caro, uma amiga disse que tinha conseguido o tratamento gratuito pelo SUS.
Não acreditei, mas fui atrás de novo! e não é que era verdade!
Bom, essa história você pode ler neste outro artigo: Seu filho não Cresce? O SUS oferece o hormônio de graça!
Lições que aprendemos
O TDAH não define uma criança, mas ajuda a entender os desafios diários. Algumas lições que nossa família aprendeu:
Buscar ajuda cedo faz toda a diferença.
Diagnóstico é só o começo – é o planejamento, terapias e suporte que mudam a rotina.
Cada criança é única – inteligência e curiosidade não anulam a necessidade de apoio.
Paciência e acolhimento caminham lado a lado com qualquer medicação ou técnica.
Mensagem final
TDAH é um desafio, mas também é oportunidade de crescimento e aprendizado.
Nosso filho está aprendendo a lidar com suas emoções, melhorar o convívio social e viver momentos de alegria com mais equilíbrio.
Cada pequena conquista é uma vitória — e cada desafio, uma chance de crescermos juntos como família.
Se você percebe sinais semelhantes no seu filho, procure ajuda profissional cedo. Informação, acompanhamento e amor incondicional são os aliados mais poderosos para transformar intensidade em equilíbrio.
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