Neste artigo, conheça as principais atualizações da LGPD em 2025, com exemplos práticos e dicas para você entender como se adequar.
1. Regras mais firmes para transferência internacional de dados
Transferir dados para outros países ficou mais rigoroso. Agora, a ANPD exige que as empresas demonstrem garantias contratuais e que o país receptor ofereça proteção equivalente à brasileira. Por exemplo, se sua empresa usa um CRM estrangeiro para armazenar dados de clientes, será preciso assegurar que esses dados estejam protegidos por cláusulas específicas no contrato.
2. Consentimento digital: clareza e transparência acima de tudo
Não adianta mais ter aquele “aceito tudo” automático. O consentimento deve ser claro, livre e informado. Imagine um site que pergunta diretamente:
“Posso enviar ofertas personalizadas para você por e-mail?” — e só registra o consentimento quando o usuário confirma conscientemente. Isso evita confusões e reclamações futuras.
3. Sanções mais severas por incidentes de segurança — e um exemplo real
A ANPD aumentou as multas, que podem chegar a 2% do faturamento anual, até R$ 50 milhões por infração, além da possibilidade de suspensão temporária das operações que envolvam dados pessoais.
Falhas podem acontecer, até mesmo em grandes empresas. Por exemplo, recentemente o Google comunicou que uma instância do Salesforce, ferramenta usada para gerenciar contatos de clientes potenciais, foi acessada sem autorização por um curto período.
Embora, apenas dados básicos — nome, telefone e anotações — tenham sido expostos e nenhum sistema interno tenha sido afetado, o caso reforça a importância de proteger todas as integrações e pontos de contato.
4. Proteção especial para dados de crianças e adolescentes
Dados de menores exigem cuidados redobrados. Apps e plataformas precisam solicitar consentimento dos responsáveis e explicar claramente para que os dados serão usados, como um app educacional que coleta idade para personalizar conteúdos, por exemplo.
5. Auditorias obrigatórias para grandes empresas
Todavia, Empresas que lidam com muitos dados ou operações de alto risco devem realizar auditorias periódicas para garantir conformidade contínua — não basta estar legal apenas no papel.
6. Selo de Conformidade LGPD — um diferencial para sua empresa
A ANPD lançou um selo voluntário para certificar empresas que adotam boas práticas em proteção de dados.
Portanto, exibir esse selo pode ajudar sua empresa a ganhar credibilidade e confiança no mercado.
7. Valorização do Encarregado de Dados (DPO)
O DPO ganha mais responsabilidades, como liderar treinamentos e elaborar relatórios de impacto antes de novos projetos.
Esse papel é fundamental para garantir que a proteção de dados seja prioridade real, e não apenas burocracia.
8. Alinhamento com normas internacionais
Além de tudo, a LGPD está cada vez mais alinhada a padrões internacionais, como ISO 27701, facilitando a adequação para empresas que já investem em governança da informação.
9. Fiscalização reforçada em setores estratégicos
Setores como saúde, educação, fintechs e e-commerce estão sob fiscalização mais rigorosa, devido à alta sensibilidade e volume de dados envolvidos.
10. Educação para usuários — empoderando os titulares dos dados
Além de focar nas empresas, a ANPD promove campanhas para que as pessoas conheçam seus direitos e saibam como proteger seus dados no dia a dia.
Por que essas mudanças são importantes?
A LGPD deixou de ser apenas uma obrigação legal para se tornar um diferencial competitivo. Portanto, empresas que protegem os dados com transparência ganham a confiança do consumidor e evitam prejuízos financeiros e de imagem.
Exemplo prático: Uma fintech que reformula seus processos para garantir total conformidade não só evita multas, mas também atrai clientes que valorizam segurança e responsabilidade.
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