Você Sabia Que o SUS Fornece Hormônio de Crescimento?
Veja Como Conseguimos!
Perceber que algo está fora do esperado no desenvolvimento de um filho é uma sensação que aperta o coração.
No meu caso, a preocupação começou de forma sutil: em cada consulta com o pediatra, eu notava que a altura do meu filho de 7 anos já não acompanhava a famosa curva de crescimento.
Aquela linha que, mês a mês, mostra se a criança está crescendo dentro do esperado para a idade.
Era como se o tempo tivesse dado uma leve pausa no corpo dele, enquanto os coleguinhas da escola continuavam a esticar.
Essa diferença, que para muitos poderia parecer pequena, para nós foi um alerta. Decidimos não esperar.
Procuramos uma endocrinologista infantil, com a esperança de entender o que estava acontecendo e, principalmente, de garantir que nosso menino tivesse todas as oportunidades para se desenvolver com saúde.
O caminho dos exames
A consulta foi acolhedora, mas também intensa. A médica explicou que, para investigar a baixa estatura, precisaríamos fazer vários exames:
Curva glicêmica, para avaliar como o corpo dele processava o açúcar no sangue;
Raio-X do punho, que revela a idade óssea e ajuda a entender se o crescimento está dentro da normalidade;
Diversos exames de sangue, para medir hormônios e descartar outras condições.
Cada coleta, cada ida ao laboratório, era uma mistura de expectativa e ansiedade.
Meu filho, com sua inocência, encarava tudo com uma coragem que me deixava admirada.
Eu, por dentro, rezava para que cada resultado nos trouxesse respostas – e, de preferência, boas notícias.
O diagnóstico e a esperança
Com os resultados em mãos, voltamos ao consultório.
A médica foi clara: o crescimento dele estava abaixo do esperado e a melhor forma de corrigir isso seria iniciar o tratamento com somatropina, o famoso hormônio do crescimento.
O nome soava complicado, quase distante da nossa realidade.
Quando a médica mencionou o preço do medicamento, meu coração afundou.
Era um tratamento caríssimo e de longo prazo, completamente fora do nosso orçamento. Mas, para nossa surpresa, ela logo completou:
“Esse medicamento é disponibilizado pelo SUS, desde que haja indicação médica e toda a documentação necessária.”
Foi como enxergar uma janela de luz em meio a tantas incertezas.
A vitória no SUS
Reunimos cada exame, o relatório detalhado da endocrinologista e a carteirinha do SUS do meu filho.
Saiba como tirar a carteirinha do SUS neste artigo: Como Tirar o Cartão do SUS
Com uma mistura de nervosismo e esperança, fomos à farmácia de alto custo da rede pública. E, para nossa alegria, deu certo.
O médico responsável avaliou o processo e liberou o tratamento.
Saímos de lá com o coração leve e uma gratidão enorme: aquele medicamento que parecia inalcançável agora faria parte da nossa rotina, sem nenhum custo.
Foi impossível segurar as lágrimas.Era como se o SUS tivesse nos dado um abraço silencioso, garantindo que nosso menino teria a chance de crescer com saúde.
A rotina com o hormônio do crescimento
Todos os meses, precisamos retirar a nova remessa na farmácia.
O medicamento fornecido pelo SUS não é em caneta aplicadora, como algumas versões vendidas em farmácias particulares, mas em frasco.
Isso significa que usamos seringas para aplicar a dose.
No começo, confesso que o medo da agulha assustou tanto a mim quanto ao meu filho.
Mas ele, com uma maturidade que me surpreende, logo se adaptou. Hoje, encara as aplicações com uma tranquilidade que me emociona.
O maior desafio é a refrigeração: a somatropina precisa ficar na geladeira o tempo todo.
Quando viajamos ou quando ele dorme na casa de um amiguinho, temos que levar bolsas térmicas e planejar tudo.
É trabalhoso, sim, mas logo vira parte da rotina – e cada pequeno esforço vale a pena quando lembramos do objetivo maior.
Dica: Procure uma unidade do SUS que forneça o medicamento e que seja de fácil acesso para você retirar os medicamentos mensalmente.
Aqui você encontra unidades do SUS em São Paulo.
Uma mensagem para outras famílias
Nossa história é a prova de que informação é poder. Muitas famílias não sabem que o SUS oferece a somatropina gratuitamente, desde que haja indicação médica e a documentação correta.
Por isso, faço questão de compartilhar nossa experiência: para que mais crianças possam receber esse tratamento tão importante e para que mais pais encontrem esperança onde antes só havia preocupação.
Hoje, cada centímetro que meu filho cresce é motivo de festa.
Não é apenas um número na régua, é um símbolo de saúde, de direito garantido e de amor que não mede esforços.
Dicas para quem vai iniciar o processo
Converse com o endocrinologista ou pediatra e siga à risca todos os pedidos de exames.
Organize a documentação com laudos, resultados e a carteirinha do SUS.
Tenha paciência e persistência: o processo pode parecer burocrático, mas vale cada etapa.
Prepare-se para a rotina de aplicação e armazenamento – é trabalhoso, mas rapidamente se torna natural.
Conclusão
Quando pensamos em saúde pública, muitas vezes só enxergamos as dificuldades. Mas nossa experiência com a somatropina mostra que o SUS é, sim, um caminho para garantir qualidade de vida e tratamento de alto custo.
Se você também percebe que seu filho não está crescendo como deveria, procure ajuda médica.
Com informação, cuidado e persistência, é possível encontrar apoio e tratamento – e celebrar, centímetro por centímetro, cada conquista no crescimento.
Perguntas Frequentes sobre Hormônio do Crescimento
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